Da Vagina Veio a Arte; Da Arte Veio a Vida; Da Vida Surgiram os Quadrinhos.

Muito boa noite, amiguinhos! Como sempre, eu, o glorioso José Buceta lhes trago uma novidade empolgante que irá mantê-los firmes nos trilhos da produção artística mundial.

Como vocês bem sabem--são mentes criativas, compreendem as dores do criar (e mais ainda as do parir)--, a criatividade é uma dádiva divina oferecida àpenas aos cristãos mais devotos. Poucos são agraciados com tal capacidade que tanto cria e tanto destrói; pouco possuem aquele dom nato e quase pernicioso de dar forma à novas ideias como um arquiteto do saber. E é justo por isso que todo criador sábio luta para preserar suas idéias como quem preserva um capital de quinze milhões de dólares. De fato, numa análise econômica, o capital do criador é a própria criação. Mas o que seria da criação se servisse apenas para a apreciação solitária de um velho casmurro? E é por ter uma boa resposta para esta pergunta que venho aqui compartilhar de minhas maiores criações. Da bucetacicleta até à dipiroca sádica, esta será uma viagem desagradável pelos literais anais de minha sapiência. Preparem os sacos de vômito, em breve seus CÉLEBROS fritarão.

CONTUDO, não o farei em detalhes hoje porque sou vagabundo--depois que a putaria começou a rolar no mundo. Então deixarei com vocês algumas iBAgens aleatórias. Na próxima vez que eu vier agraciar-lhes com minha presença, explicarei em detalhes o significado de cada uma destas formas, uma por uma, com o metodismo do mais bem avaliado dos ourives.

Pra começar, uma das minhas poesias, vencedoras do prêmio Jacaré de Literatura Internacional e Africana:

Brilindosas Borboletas

Brilindosas borboletas viciadas em porpetas voam por estes céus, livres como devassa buceta; nas astes modernas dos antigos deuses, maravilindos seres astutos, tomam chá de chimarrão entrelaçados aos viadutos; e no meio de tanta desforra, facas voam, cruzando os céus e agaixam feito patinhos pra provar do sabor do fél; e as crianças, muito adoradas, sambam na putaria, caladas pelo trânsito, têm ataques de taquicardia. Gente morta, gente feliz, tirando meleca do naris; e nas punhetas, desequilibradas, nascem os vermes deste país.

–José Buceta.